sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nossos fantasmas


Amantes de primeira viagem… Quem me dera ainda estivesse nessa fase da vida. Por muito tempo andei me julgando por ter um amor mal resolvido que me seguia em todos os lugares como um fantasma do passado, como a divisão entre o passado e o presente, entre o errado e as possíveis certezas, mas percebi que não sou a única, venho fazendo minhas contas e acho que quem ainda não se apegou a ninguém tem sorte, por enquanto…

O ruim é fazer de seu primeiro amor aquele alguém que já tem um fantasma a tiracolo porque, quem tem sabe do que estou falando. Quem já amou um dia, pela primeira vez, sabe como é. Aquele friozinho na barriga, aqueles planos para quando vocês estiverem com 60 anos de casados, aquela segurança, aquela fé de que tudo o que o outro fala é verdade, aquela fé de que, com uns olhos desses, essa pessoa jamais será capaz de te machucar. E é justamente aí que caímos.
 
Agora, machucados e aparentemente cicatrizados, nada é como antes, conseguimos andar e falar normalmente, trabalhar e ser bons de cama como nunca, conseguimos amar mais um, dois, cinco e até trinta se você quiser. Em frente ao espelho e ao mundo juramos que com aquele lá tudo não passou de um erro. Pare. Pense.

Confesse a você mesma que, infelizmente (ou felizmente), aquela história de que primeiro amor a gente nunca esquece é verdade, porque mesmo depois de anos, se seu fantasma se materializar diante de você e te pedir para largar tudo e ir com ele, você pode até pensar muito e dizer não, mas se você for louca a ponto de dar ouvidos a um coração machucado, você vai… E você sabe que vai.

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