segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vamos inventar o segundo amor

Hoje em dia as pessoas andam criando tanta coisa para deixar a gente mais confortável, para nos agradar, então por que diabos ninguém inventou o segundo amor ainda? Ele sim resolveria tudo, ele, o terceiro, o quarto, o milésimo… Qual é a dessa antiga história, que funciona com todo mundo, que primeiro amor a gente nunca esquece?

Se não esquece o que se faz então? Guarda na sexta gaveta da cômoda, lá embaixo das roupas nunca usadas, para o segundo amor não ver? Joga fora? Mesmo sabendo que ele não vai sumir, mas sim, no máximo, ficar esquecido em um aterro. Bloqueia? Do celular, do telefone, se muda de casa. Não se permite nunca mais pensar, mesmo que no fundo você saiba que se encontrar com ele na rua será um misto de: “Ai meu Deus!” Com: “Quanto tempo! E ainda sinto essas malditas pernas tremerem.” Diz então, o que fazer?

Ficar com o segundo, quarto, décimo e ser mediano a vida toda? Sempre pensando o que seria do que não foi se tivesse sido, ou algo assim desses mil pensamentos embaralhados que só a gente mesmo entende. Ficar desejando que seu amorzinho resolva sumir para você sair, sem culpa, atrás de quem te balança ou pagar o preço de talvez se arrepender por arriscar?

Nossa, são muitas alternativas para uma cabeça com sono, e lotada de ideias. Prefiro ficar por aqui, deprimente desejando que tudo acabe na próxima vez que eu abrir os olhos. 

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