sexta-feira, 19 de julho de 2013

Sinônimo de amor, carinho e proteção


Mãe e seus sinônimos perfeitos: anjo da guarda, protetora, melhor amiga, rainha, princesa, mulher, leoa, sonhadora, guerreira, dedicada... Toda e qualquer palavra que significa amor, carinho e proteção.

A intuição, a desconfiança, os desejos, as ânsias de vômito, o teste barato de farmácia, o sim, a esperança, o ginecologista, mais um teste, a certeza. A felicidade inexplicável (apesar do medo, muitas vezes), a espera, o crescimento da barriga mais paparicada do momento. O primeiro chute, os incansáveis chutes, as contrações, o cordão umbilical, o nascimento. O choro, a primeira troca de olhar, a sensação de explodir de amores, o porquê da sua existência.

A linha entre ser mãe e ser filho é tênue. Quando a gente cresce, acha que pode ir contra o mundo, abre as asas e lança voo, as mães (em 90% das vezes) quase grudam nossas asas para não partirmos cedo ou de preferência, nunca. Estamos com 30 anos e elas ainda nos chamando de bebês.

Anos mais tarde, com 50 talvez, a gente começa a perceber que infelizmente a mãe tem um defeito: não é imortal. Tentamos voltar no tempo e desfazer todos os erros cometidos com essa mulher maravilhosa, ou pelo menos fazer com que o tempo pare agora.

Muitas vezes, nossas mães se vão sem que a gente tenha voltado pro ninho. Às vezes, elas partem achando que não as amávamos, que não as queríamos por perto, mas foi pura imaturidade de entender que saímos pra construir a nossa própria vida.

Mal sabem o que nós passamos pra sair, o que nós passamos longe e o que passaremos para sempre sem aquela mãe e todos seus infinitos sinônimos de amor, carinho e proteção. Mal sabem que desde a partida agradecemos a elas cada batida do nosso coração.

Mãe, que a gente briga muitas vezes, mas longe defende com unhas e dentes. Mãe que a gente cuida, reza e chora baixinho toda noite: “Por favor meu Deus, não leva a minha mãe embora, nunca.” Mãe que, protetora ou relaxada, mandona ou amiga, é a primeira pra quem corremos a cada dificuldade e a cada alegria.

Um dia a gente cresce e vai embora, vira pai e mãe também, dá a volta ao mundo, arruma as malas e some de casa, mas não importa o tamanho da distância, não há no mundo conexão maior do que a de a mãe e um filho, ela começou a ser criada naquela intuição, naquele: “Acho que estou grávida.” E se fortalece durante toda a vida. Mãe, se eu estiver na China, mas precisar de você, eu sei: vais acordar sozinha no meio da noite e ligar pra mim.