segunda-feira, 20 de março de 2017

Amor em signos

Estava pensando sobre o amor.
Em uma conversa entre amigos, falávamos sobre os signos que são apegados e os que são tachados de "sem coração"; quando eu, taurina, comentei a respeito da minha experiência com um aquariano.

Na conversa, discutíamos acerca de como lidar com as amizades com pessoas do sexo oposto, sair ou não sem o companheiro em uma sexta-feira à noite, entre outras coisas. Comentei que, quando namorava, não existia isso de "você não pode", ou "você não vai". Estávamos juntos sem deixar de estarmos livres.

Um amigo – capricorniano – brincando disse que eu poderia ministrar palestras às mulheres, para elas entenderem o que levei meses para entender sobre amor e liberdade. Contei-lhe que aquilo foi um aprendizado e tanto e que, a partir de agora, é pré-requisito indispensável para um relacionamento futuro.

Comentamos, também, sobre homens que namoram, mas se veem "obrigados" a conversar com amigas mulheres às escondidas, para evitar brigas. Mal sabem suas namoradas que eles eram amigos dessas mulheres antes de se tornarem seus namorados; e, além disso, quanto mais proibimos, mais chances damos ao outro de mentir para nós.

Quando meu ex-namorado, aquariano, falava sobre alguma amiga, ou quando eu – taurina – falava de algum amigo, era tão normal como quando discutíamos o sabor da pizza que iríamos pedir ou escolhíamos o que assistir no Netflix. E, devido a essas reflexões me vi, mais uma vez, pensando sobre o amor.

Antes de tudo, amar não é sinônimo de estar junto a alguém. Conhecemos muitos casais que sobrevivem de aparências e por comodidade, o que nada tem de bonito. Conhecemos, também, tantas outras pessoas que se amam o suficiente para estarem juntos, mas não estão.

Certa vez me disseram: "Amar é querer estar o tempo todo juntos, não só quando se quer." Juro que, na ocasião, ri da contradição do meu colega, afinal ele mesmo assumiu que, no fim das contas, estar junto é uma questão de querer. Disse-lhe que o fato de uma pessoa querer estar sozinha um dia, uma semana – ou o tempo que for – não anula o amor dela por outrem.

Refleti sobre o amor pois, quando mais nova, pensava da mesma forma que esse colega; que vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, não é suficiente quando a gente ama. Porém, com o tempo, compreendi que isso nada mais é do que falta de amor e interesse em si próprio, revelando o medo da solidão que existe em toda e qualquer pessoa.

Atualmente – apesar de termos falado sobre signos e suas características no amor – penso que amar nada mais é do que um querer bem. Confiar em alguém, em si mesmo e no relacionamento em que você se encontra. Pois, se você estiver com alguém que é livre o suficiente, existem duas possibilidades: ou essa pessoa sempre voltará para você, não importa por onde ela vá; ou ela não voltará, mas você se ama e a ama o suficiente para ficar feliz pela decisão dela e feliz com sua própria solidão.